Habituamo-nos a ver os atletas durante as provas, na televisão ou ao vivo em recintos desportivos, onde todo o esforço dos treinos culmina naqueles breves minutos de apresentação. Habituamo-nos a ouvir o hino quando os atletas sobem ao pódio e sentimo-nos orgulhosos. O que não estamos habituados a ver é o quotidiano destes atletas. Quantas horas treinam, como treinam, o que passam para chegar a um nível de alta competição? Como é que os treinadores motivam estes atletas diariamente, mesmo depois de ganharem vários títulos nacionais, europeus ou mesmo mundiais?
Foi com esta premissa que resolvi fazer este trabalho documental no Acro clube da Maia, sem conhecer a fundo a modalidade, mas sabendo que seria um trabalho fotográfico muito interessante e com grande potencial.
Durante semanas fui fotografar os treinos, o dia a dia dos atletas de elite da modalidade de ginástica acrobática.
Base, volante, quadra, trio, maozotas, foram termos que me habituei a ouvir diariamente e que antes não fazia ideia do que poderiam significar.
Fiquei a saber mais sobre o método, o empenho, o rigor, a dedicação e a exigência que colocavam em todos os minutos do treino. Quis mostrar com “Harder, better, faster, stronger” que para se ser atleta de alta competição é preciso muita disciplina, muitas horas de intenso treino, inúmeras repetições e algum sofrimento. Aprendi que embora sejam bastante jovens, são muito adultos e responsáveis a levar a cabo todos os exercícios que os treinadores lhes exigem.
No final penso que a palavra que melhor define este colectivo de atletas e treinadores é FAMÍLIA, existe entre todos um enorme sentido de amizade, camaradagem, entreajuda e confiança.
Seja no ginásio ou no praticável vão continuar a ser mais duros, melhores, mais rápidos e mais fortes!
Reportagem documental efectuada no Acro clube da Maia em 2019.